A ABRAFH surgiu da reunião e organização de grupos de famílias homoafetivas originalmente integrados pelas redes sociais. A união dessas pessoas se deu por uma razão natural: a necessidade de troca de experiências entre as famílias LGBTI+ e a busca por seus direitos e pela proteção dos seus membros, em especial as crianças e os adolescentes.
Em virtude da inexistência de leis de amparo específico, desde o princípio, a ABRAFH reivindicou o direito de proteger e zelar pelos interesses, direitos e bem-estar das famílias LGBTI+ e de seus filhos, em especial as crianças e os adolescentes. A preocupação repousava na necessidade do fortalecimento de todo e qualquer núcleo familiar, com o sonho de, um dia, compor uma Associação Brasileira de Todas as Famílias.
Com o intuito de se fazer representar politicamente, foi organizada, em dezembro de 2013, uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado para discutir as "Novas Famílias”, organizada por Marília Serra (servidora pública e mãe em família homoafetiva), que estabeleceu o primeiro contato com a CDH do Senado Federal, presidida na ocasião pela Senadora Ana Rita (PT-ES). A audiência contou com as presenças de Laura Castro (produtora cultural e mãe em família homoafetiva), Cristina Lerosa (empresária e mãe em família homoafetiva), Dra. Maria Berenice Dias (advogada especializada em direito homoafetivo), Luciano Mariz Maia (MPF), Senadora Ana Rita e Gustavo Bernardes. A partir desse encontro, diversas questões práticas foram levantadas e, para que continuar avançando nas discussões, nasceu a ABRAFH.